Laboratório de Biotecnologia Microbiana LBM - UNEB
Biotecnologia Microbiana
Os micro-organismos são organismos que não são visíveis a olho nu devido ao seu reduzido tamanho. Estes organismos incluem: bactérias, actinobactérias, vírus, fungos, protozoários e microalgas. Habitam uma ampla gama de ambientes, tais como: solos, água, alimentos, intestinos de animais; bem como ambientes considerados extremos, como: desertos, rochas, geleiras, fontes termais e fendas térmicas marinhas.
A grande variedade de habitats ocupados por estes organismos reflete diretamente a grande variedade de características bioquímicas e metabólicas, coordenadas pela variação genética e selecionadas pela seleção natural sobre estas populações.
A biotecnologia microbiana surge como uma área de estudo que busca mapear estas características funcionais e transforma-las em produtos ou serviços para, de forma geral, melhorar a qualidade de vida com incremento inclusive nos setores econômicos.
O estudo da biotecnologia microbiana pode levar ao desenvolvimento de: vacinas melhoradas e ferramentas mais precisas para diagnósticos de doenças, agentes microbianos para o controle biológico de pragas em plantas e animais, modificações de patógenos vegetais e animais para redução da virulência, desenvolvimento de novos catalisadores industriais e organismos para fermentação e desenvolvimento de novos agentes microbianos para biorremediação de solo e água contaminados por atividades antrópicas.
Bioma Caatinga
Caatinga (do Tupi: caa (Mata) + tinga (Branca) = mata branca, único Bioma exclusivamente brasileiro, o que significa que grande parte do seu patrimônio biológico não pode ser encontrado em nenhum outro lugar do planeta.
Este Bioma resulta da correlação entre as condições climáticas severas, típicas do clima semiárido (baixa precipitação, altas temperaturas, alta evapotranspiração, baixa umidade do ar e pouca nebulosidade), e as características específicas de solo e relevo. Entre esses fatores, o clima é determinante para a existência de plantas extremamente adaptadas à condição de déficit hídrico (Nogueira, 2008).
Estação Ecológica Raso da Catarina
Na tentativa de reduzir o avanço das áreas devastadas dos biomas brasileiros, foram criadas Unidades de Conservação (UC). As estações ecológicas (ESEC) são áreas com objetivo de preservação da natureza e realização de pesquisas científicas.
Cerca de 7% das Caatingas estão dentro das UCs, no entanto, menos de 1% estão sob controle de Unidades de Proteção Integral, as quais são as mais restritivas às intervenções humanas. Dentre estas UCs, pode-se destacar a Estação Ecológica Raso da Catarina (ESEC - Raso da Catarina) que está situada no Estado da Bahia em uma área do platô que contribui para duas importantes bacias do Nordeste – a do rio São Francisco e a do rio Vaza-Barris
(Nogueira, 2008).
Rizobactérias Promotoras do Crescimento Vegetal
Rizobactérias promotoras do crescimento de plantas (RPCPs) - são bactérias que ocorrem na rizosfera de uma determinada espécie vegetal e são capazes de estimular seu crescimento através de diferentes processos (Kloepper e Schroth, 1986). Estes microrganismos podem afetar de forma crucial a fisiologia da planta, uma vez que produzem uma série de compostos. Estes características são capazes de promover o crescimento das plantas de forma direta ou indireta. Estes micro-organismos, estão sendo estudados quanto a sua capacidade em conferir tolerância à planta hospedeira a diversos estresses abióticos como alta concentração salina, altas temperaturas, baixa quantidade de nutrientes disponíveis e déficit hídrico